85 coisas a dizer sobre a Coreia do Sul

Há cerca de quatro meses atrás, quando eu havia acabado de completar 6 meses vivendo na Coreia do Sul, aconteceu algo que é o grande motivo de este blog existir: eu postei em meu Facebook uma longa lista de impressões, curiosidades e fatos que eu tenho aprendido sobre o país. Felizmente, o feedback que eu tive sobre o post foi muito bom: a grande maioria das várias pessoas que se deram ao trabalho de ler os 66 itens gostaram, ganhou uma certa repercussão (compartilhamentos até mesmo fora do Facebook) e  fui incentivado e encorajado a criar um blog.

Por isso, resolvi postar a aqui mesma lista, mas agora em versão revista, organizada e completa.

Admito que é uma longa leitura, por isso espero muito que vocês gostem!

  1. Coreanos vivem em um ciclo interminável (perdão pelo pleonasmo) de rotinas desumanas. A melhor fase da vida deles é até os 7-8 anos de idade. Depois disso, começa o inferno.
  2. Quando no Middle School, os pré-adolescentes estudam num ritmo intenso para entrar nas melhores escolas de High School (Ensino Médio) do país. São 100 vagas para cada 600 mil estudantes vindos do Middle School. Desde cedo eles convivem em ambientes de extrema competitividade.
  3. Há crianças coreanas que comentam com seus professores casos assim: “Hoje estou muito feliz porque amanhã, sábado, vou ter o dia inteiro para descansar e fazer o que quiser, algo que não acontecia há um mês”.
  4. Quando no High School, coreanos ficam na escola de 6:30 ou 7h da manhã até 11:30 da noite. E, quando chegam em casa, ainda têm dever de casa para fazer. No total são cerca de 14h de estudos. É normal escutar de coreanos que, durante essa época da vida, eles costumavam dormir de 3 a 4 horas por dia (incluindo fins de semana). Alguns estudantes assistem às aulas em pé para não caírem no sono.
  5. Tudo isso é para se preparar para o dia mais importante da vida deles, o vestibular, que é tipo o Enem: uma prova só para (quase) todas as universidades do país. Os alunos com as melhores notas entram nas melhores universidades que lhe garantirão empregos nas maiores empresas do país. É um pensamento comum aqui que, caso você não entre em uma universidade famosa, não terá uma vida decente.
  6. Caso o coreano não consiga uma nota legal e vá parar numa universidade não tão boa (sim, nem todas as universidades coreanas são de ponta), ele desiste de entrar na faculdade e se matricula num cursinho que funciona como internato: os estudantes passam o ano todo trancafiados lá, estudam 16 horas por semana (o que são 2 horas a mais para quem já estava com 14 né), convivem com um ambiente que lembra um quartel militar, tem horários definidos para acordar e ir dormir, os corredores são vigiados, as mochilas são revistadas, etc. Caso um estudante seja pego lendo um livro de ficção (ou qualquer um não-didático), o livro é confiscado.
  7. Caso o coreano entre em uma boa universidade, terá que manter o ritmo de estudo intenso para obter sempre as melhores notas, pois a maioria das empresas do país usam as notas como um dos critérios mais importantes de seleção de candidatos.
  8. Já escutei casos como: “Durante a época de provas, eu fico acordado por 23 horas por três dias”, “Tenho que trabalhar no meu laboratório de pesquisa por 14 horas por dia durante dias da semana e 6 horas em sábados e domingos” e “Tenho direito a apenas 5 dias de férias por ano”.
  9. Estudantes das melhores universidades (como a que eu estou, a KAIST) se sentem tão orgulhosos de terem chegado onde estão que basicamente não dão importância à vida fora do campus.
  10. A KAIST é, essencialmente, uma universidade voltada à pesquisa, tanto que o número de estudantes de pós-graduação é maior que os de graduação.
  11. Entrar na KAIST para os coreanos é muito, muito difícil. Os alunos daqui eram os melhores em suas respectivas escolas durante o Ensino Médio.
  12. Por conta disso, os estudantes da KAIST tem a reputação de serem super inteligentes, pontos fora da curva, gênios. Ao dizer que sou aluno dela, costumo ouvir frases do tipo ”Você deve ser um gênio”, “Sinto-me honrado em pode conhecer e conversar com um estudante da KAIST”, ou até mesmo “Qual o seu telefone?”.
  13. Suicídios são comuns na KAIST. Em 2011, quatro pessoas se mataram em um intervalo de tempo de quatro semanas. Isso ocorreu depois da semana de provas, na metade do semestre letivo.
  14. Na KAIST, muitas matérias são oferecidas em inglês, a ponto de ser possível se formar aqui sem ter de pegar nenhuma matéria em coreano (a não ser as de língua coreana, que são obrigatórias para eles). Por conta disso, cerca de 8% dos estudantes são estrangeiros. Apesar de a universidade ser uma das melhores do mundo segundo vários rankings, nenhum deles gosta de estar aqui e não vê a hora de pegar o diploma para ir embora.
  15. Muitos dos clubes estudantis na KAIST (como de futebol, natação, dança, teatro, programação, etc.) não aceitam estrangeiros como membros, seja pelo fato de os coreanos terem vergonha de falar em inglês (mesmo quando falam muito bem), seja por xenofobia.
  16. Todo o sistema educacional coreano é baseado em memorização. Se o Brasil precisa de algum modelo educacional de sucesso para se basear, o da Coreia com certeza não é um bom candidato.
  17. Disse-se que, devido ao sistema coreano, se Steve Jobs fosse coreano, ele nunca teria “dado certo”.
  18. Na Coreia, alguns pais contratam agências para fazer os deveres de casa de seus filhos.
  19. Um coreano de uma universidade top não é necessariamente mais inteligente que o brasileiro universitário médio. Suas metodologias de estudos garantem boas notas, não aprendizado.
  20. Após conseguirem o emprego de seus sonhos em uma das grandes empresas do país, dá-se início à etapa final do inferno deles: eles ficam na empresa de 7:30 até 22:00 (e olhe lá), sem receber hora-extra.
  21. Mas apenas a menor parte desse  tempo é usada de maneira efetiva: Durante as manhãs, os banheiros das empresas ficam lotados de coreanos dormindo nos vasos sanitários. Durante as noites, mesmo se o coreano já tenha terminado o que tinha para fazer, ele não pode ir para casa enquanto o chefe estiver na empresa. O empregado que faz o que tem que fazer e vai embora mais cedo é mal-visto por seus colegas de trabalho.
  22. Os índices de produtividade dos trabalhadores coreanos são os piores entre os países da OECD.
  23. Por estarem sempre estressados, os coreanos bebem muito, usando o álcool como válvula de escape de suas duras vidas. Beber para eles está muito mais relacionado a ficar bêbado do que se divertir com amigos.
  24. Há, claro, como fugir desse sistema de trabalho duro. Empregos que exigem menos qualificações pagam mal, mas também não exigem dos empregados uma rotina tão intensa.
  25. Entretanto, os empregos que lidam com aquelas jornadas de trabalho desumanas são o sonho da maioria dos coreanos. Existe até um certo de estigma de fracasso sobre os que não trabalham muito pois, segundo a sociedade, eles não estão dando tudo o que podem para fazer o país crescer. Em outras palavras, as pessoas que não são infelizes gostariam muito, ironicamente, de serem.
  26. Após se formarem, muitos coreanos (não sei a proporção mas chuto que é a maioria) começam o mestrado logo após a graduação e o doutorado após isso. Por isso, muitas vezes um coreano chega a uma empresa sem nunca ter tido uma experiência profissional “relevante”.
  27. “Relevante” porque a cultura de estágio na Coreia é curiosa: os estagiários basicamente fazem nada por um ano até serem efetivados. Um coreano da Hyundai Motors certa vez afirmou que, na época de estagiário, ele passava os dias olhando para as paredes (ou para seus smartphones).
  28. Algumas poucas corporações, como Samsung, LG e Hyundai, exercem um poder enorme na economia da Coreia, mandando e desmandando no país. A Samsung fabrica desde navios até papel A4, passando por eletrônicos e parques de diversão.
  29. Poucos jovens coreanos sonham em ser empreendores.
  30. Coreanos sempre almoçam, jantam e saem para beber todos os dias com seus colegas de trabalho, incluindo o chefe.
  31. Por conta disso, coreanos não vão a restaurantes sozinhos. Se um coreano vai a um restaurante só, as pessoas que lá estão pensam que ele é desempregado, que não tem colegas de trabalho para almoçar com. Portanto, eles evitam comer sozinhos. A bem da verdade, já passei pela experiência de donos de restaurante não me permitirem a comer por estar desacompanhado.
  32. No geral, coreano odeia ficar sozinho. Talvez isso explique o vício em smartphones: eles o usam como válvula de escape à solidão.
  33. Aqui na Coreia, idade conta muito, muito mesmo. A ponto de o idioma coreano ter 6 níveis de discurso; eles são usados de acordo com a idade dos interlocutores. Para cada nível social, palavras, frases e até estruturas gramaticais diferentes.
  34. Em empresas, os empregados mais jovens não dão suas opiniões sobre uma determinada situação sobre sua empresa em uma reunião de trabalho porque sabem que seus chefes não os escutarão.
  35. Quem define o local onde eles vão comer é o mais velho do grupo. Após o mais velho terminar sua refeição e se levantar para o sair, não importa se os outros ainda tenham muita comida em seus pratos, eles tem que levantar e ir embora junto com ele.
  36. Os Coreanos não podem ter laços de amizade com pessoas de faixas etárias diferentes. Ouvi de um coreano que, caso fossemos coreanos, eu e um amigo meu brasileiro não poderíamos ser amigos por ele ser 3 anos mais velho que eu. Isso não impede, claro, de que pessoas de idades diferentes saiam juntos, mas eles não podem se tratar de maneira igual.
  37. Os Coreanos não são multiculturalistas. Um exemplo: ninguém aqui nunca nem ouviu falar no U2.
  38. Coreanos não costumam prestar socorro a uma pessoa desconhecida. Houve um caso na KAIST em que um coreano machucou e sangrou o pé durante um banho numa sala de banho compartilhada num dormitório. Ele sentou o chão agoniando de dor, mas ninguém que estava por perto quis interromper seu banho para ajudá-lo. Casos como este existem aos montes.
  39. As mulheres coreanas são niveladas por cima. Em outras, palavras não existe muita diferença de beleza entre as mulheres mais famosas do país (cantoras e atrizes) e as mulheres que você vê no dia-a-dia nas ruas. Talvez porque (quase) todas elas fizeram cirurgia plástica e/ou usam muita maquiagem.
  40. Coreanos têm uma obsessão doentia com suas aparências. Não podem ver uma superfície espelhada que vão checar seus penteados.
  41. Coreanos são muito patrióticos e tendem, num primeiro momento, a negar qualquer aspecto negativo sobre o país. Qualquer crítica pontual à Coreia é tratada como uma ofensa à nação.
  42. Restaurantes de comida ocidental cujos donos são coreanos tendem a ser muito ruins, pois eles “coreanizam” as comidas, o que quase sempre não dá certo. Exemplos disso são pizzas com borda de batata doce.
  43. A culinária cotidiana coreana é pobre de variedade e não é saudável. A quantidade de pimenta que eles comem não faz bem. Os indícies de câncer de estômago da Coreia do Sul são os maiores do mundo. Eu não gosto da grande maioria dos pratos.
  44. Em bares, coreanos brincam de “drinking games”, que são bem divertidos. Procure no youtube por “Korean drinking games”.
  45. Diz-se que japonês é tudo parecido, mas na verdade suas fisionomias são razoavelmente heterogêneas. Coreanos são fisionomicamente mais  parecidos, mais homogêneos.
  46. Homogeneidade é uma palavra que define bem a Coreia. Não há diversas opções de lazer, gastronomia e entretenimento nem mesmo em Seul, que é uma das maiores metrópoles do mundo.
  47. Coreanos são introvertidos e péssimos em habilidades sociais (um termo que eu nem sabia que existia antes de vir para cá). Tem uma dificuldade enorme em fazer novos amigos. Há inclusive estudos sobre isto.
  48. Coreanos são amigáveis, não lhe tratam mal, mas demora um longo tempo até que eles se sintam dispostos a lhe tratar como amigo. Não é como no Brasil, que após cinco minutos de conversa, as pessoas, antes desconhecidas entre si, se tratam como amigos de infância.
  49. Mesmo quando você acaba conhecendo coreanos muito gente fina, que querem ser seus amigos, eles simplesmente não têm tempo para isso.
  50. Os pais não abraçam os filhos após uma certa idade (ainda na infância). Uma coreana próxima a mim comentou que não lembra qual foi a última vez que seus pais a abraçaram.
  51. Eu poderia morar na Coreia por 20 anos e mesmo assim nunca me acostumaria com o hábito deles de comer com a boca aberta e de fazer barulhos muito irritantes.
  52. As crianças coreanas são as mais bonitinhas do mundo.
  53. A Coreia do Sul tem a internet mais rápida do mundo, mas isso não faz a menor diferença se você mora num dormitório universitário e tem que dividir a mesma conexão com centenas ou milhares de coreanos.
  54. Viajar na Coreia é muito fácil e barato.
  55. Os idosos coreanos são muito ativos. Se engajam em atividades outdoor, como hiking, e muitos abrem seus próprios negócios, principalmente restaurantes.
  56. Coreanos são péssimos motoristas e fazem o que bem entender no transito.
  57. Os semáforos demoram uma eternidade para passar de verde para vermelho, mas no máximo 30 segundos de vermelho para verde.
  58. Na Coreia, muitas leis não funcionam ou não são muito fiscalizadas.
  59. Seul tem o melhor metro do mundo. É fácil transitar pela cidade sem saber coreano.
  60. Coreanos são viciados em celulares a ponto de ficarem checando seus celulares até mesmo quando estão mijando em um mictório.
  61. Coreano está acostumado a ficar nu na presença de outras pessoas. Os pais levam as crianças desde cedo para os jimjilbangs, que são casas de banho ou SPA’s com saunas em que todos ficam nus.
  62. Curiosa e contraditoriamente, existe uma repressão sexual bem forte na cultura coreana. Não é comum ver casais se abraçando ou beijando em locais públicos. Caso eles ao menos tentem, um velhinho ou uma velhinha repreenderá o casal.
  63. Ainda mais curioso e contraditório à essa repressão sexual são estes dois fatos:  i) a prostituição, apesar de ser ilegal, estar em todos os lugares no país, correspondendo a cerca de 4%; ii) os homens coreanos são os maiores consumidores de turismo sexual (inclusive infantil) no Sudeste Asiático.
  64. Os idosos coreanos podem ser pessoas extremamente desagradáveis.
  65. K-pop não é paixão nacional, é apenas a única coisa de entretenimento que o país consegue vender pro mundo exterior.
  66. Aos olhos de não-fanáticos, todos os grupos de k-pop parecem ser basicamente a mesma coisa.
  67. É muito fácil identificar um coreano que já morou fora do país. Não só por causa do inglês fluente, mas também por serem muito mais amigáveis e extrovertidos. A diferença de mentalidade entre coreanos que já moraram fora do país e os que nunca é abismal.
  68. Pelo dinheiro que os coreanos gastam e pelo número de pessoas que estudam inglês, se eles o estudassem de uma maneira efetiva, a população coreana seria praticamente bilíngue.
  69. A cultura ensina os coreanos a buscarem a perfeição no que fazem, de não falharem, pois isto (falhas) são coisas vexaminosas. É isso que os faz, por exemplo, terem tanto medo de falar em inglês (eles não praticam conversação em inglês por terem medo de cometerem erros e não melhoram o inglês porque nunca praticam).
  70. Para os coreanos, estudar inglês se trata muito mais de aumentar a chance de conseguir um bom emprego do que expandir horizontes ou buscar enriquecimento cultural.
  71. O alfabeto coreano representa o som do R e do L através do mesmo ideograma, o ㄹ. Por isso e pela razão acima, é comum ouvir um coreano falando “Lio de Janeiro” ou “Lonaldinho”.
  72. A segurança na Coreia do Sul beira a perfeição.
  73. Coreano não mexe no que não é dele. Por isso, uma pessoa pode muito bem deixar uma carteria em um lugar movimentado, como uma estação de trem ou um refeitório de universidade, que muito provavelmente ninguém vai tocá-la, a não ser alguém que trabalhe no local a guarde para quando o dono a vier procurar.
  74. Os Japoneses são muito mais educados que os coreanos.
  75. Os Brasileiros são, em certos aspectos, mais educados que os coreanos.
  76. Os Brasileiros são, definitivamente, mais higiênicos que os coreanos.
  77. Os coreanos tendem a ser mais honestos que brasileiros. Os níveis de corrupção na Coreia são tão grandes como no Brasil. É possível até dizer que são maiores porque as três maiores redes de TV do país são controladas pelo governo, então é fácil imaginar que o povo nunca fica sabendo de atos de corrupção cometidos por políticos.
  78. A corrupção é tanta que até o Cristianismo é afetado: o  pastor da Yoido, a maior igreja do mundo, está respondendo a diversos casos de desvio de verbas.
  79. A Coreia do Sul não é a do Norte, mas está longe de ser uma democracia plena. O governo impõe várias censuras e dita como a sociedade deve agir. Por exemplo, adolescentes com menos de 16 anos idade não podem jogar jogos online entre meia noite e 6h da manhã.
  80. Ler sobre a história da Coreia lhe faz entender o motivo de os coreanos odiarem o Japão.
  81. Ler sobre o confucionismo lhe faz entender, em parte, a mentalidade dos coreanos.
  82. Quando dois ou mais estrangeiros se encontram e conversam, não importa se eles já se conhecem ou não, as chances são grandes de que eles acabarão conversando sobre a Coreia do Sul em si. Não acho que, por exemplo, os brasileiros que moram os EUA conversem entre si sobre os EUA quase o tempo todo.
  83. Palavras de uma coreana: “A Coreia não lhe dá muitas oportunidade de ser feliz”.
  84. Minha vida na Coreia se encerrará em cerca de dois meses (agosto). Dizer adeus à KAIST tem seus lados positivos e negativos, mas escutar de vários amigos internacionais que vão ficar aqui que eles têm inveja de mim por eu estar indo embora me faz sentir menos tristeza pelo fim do intercâmbio.
  85. Viver na Coreia do Sul como um estudante intercambista é uma experiência extraordinariamente rica.
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13 respostas para 85 coisas a dizer sobre a Coreia do Sul

  1. João da Silva disse:

    Faltou reproduzir os comentários do teu post!

  2. Jypetodd disse:

    Duas perguntas:
    1 – É fácil pegar coreanas e/ou estrangeiras que moram ai?
    2 – No final das contas, compensou morar um ano na Coreia, no sentido acadêmico, pessoal e profissional? (se puder falar dos 3, eu agradeceria)

    Vlw

    • sillastg disse:

      1 – hahahaha
      Não faz parte da cultura coreana ficar com alguém que você acabou de conhecer. As coisas aqui têm um ritmo lento… Mas pode acontecer de pegar coreana na balada sim, tem gente que tem sucesso nisso.

      2 –
      Academicamente: mais ou menos. Mesmo eu tendo ido para KAIST, eleita a 17ª melhor universidade do mundo, muitas das matérias que eu peguei foram no máximo razoáveis, não muito diferente do que eu via do Brasil. Você, se for para a Coreia, vai ter a chance de cursar umas disciplinas muito legais ou outras em que o professor não faz nada além de falar o que tem no livro da matéria, então não é bom ir com expectativas altas para evitar se decepcionar. De 0 a 10, eu diria que academicamente minha experiência foi nota 6,5.

      Pessoal: sem dúvida, compensou muito. Entrar em contato com costumes e valores culturais diferentes do seu é algo muitíssimo enriquecedor. Eu tenho a impressão que eu não teria tido o crescimento pessoal fantástico que eu tive se tivesse ido para outro país pelo CsF.

      Profissionalmente: também sim, até porque na Coreia existem várias oportunidades de estágio. Pretendo escrever sobre o que eu fiz lá.

      • Jypetodd disse:

        Espero ansiosamente pelos novos relatos. Tenho vontade de ir, inclusive fui pré-selecionado, sei que será uma experiência única em minha vida, mas não sei se largar meu emprego aqui e ir será de grande valia. Ou não sei se apenas estou com medo de uma experiência nova e de largar o “certo” pelo “duvidoso”.

  3. Gustavo disse:

    Como é vista a homossexualidade na Coreia? Adorei seus comentários… 🙂

  4. Dany disse:

    Ola, achei muito interessante o seu post, nossa não sou muito fã do meu próprio país, mas devo confessar que não gostaria de ter nascido na Coreia, em alguns poucos aspectos achei parecido com o povo japonês, morei lá por 6 anos.
    Já observei em dramas (ou doramas) e em filmes coreanos que as mulheres são extremamente mal educadas, e qualquer briga ou acidente eles querem arrancar dinheiro das outras pessoas, realmente é assim? Obrigada pelas informações super legais…. beijos…e obrigada!

  5. Ariel Crisna disse:

    Olá Sillas!
    Estou fazendo um trabalho de marketing internacional sobre a Coréia do Sul e encontrei seu texto, achei super bacana e interessante! Acredito sim que morar definitivamente lá não deva ser a coisa mais fácil…
    Já que você morou lá um tempo, pode me responder uma coisa?
    Você já comprou algum calçado lá, como foi? Rsrs
    É uma resposta que ão encontro em lugar nenhum pra colocar no meu trabalho.
    Bom, se você nunca comprou, ainda pode me dizer qual a forma de pagamento os sul-coreanos mais usam na hora de pagar as coisas, nomalmente é em dinheiro ou em cartão? Cartão de crédito ou débito?

  6. Stefany Santos disse:

    Oi, gostei bastante do seu postl.
    Estou me preparando pro ENEM, e já estou avaliando algumas opções de intercâmbio, essa publicação me ajudou muito. Eu quero muito saber como foi que você conseguiu embarcar nessa e se foi muito caro?
    Agradeço a atenção.

  7. Eu tava vendo um dorama e não entendi uma coisa, pesquisei sobre isso mas não consegui encontrar nada. Você saberia me dizer pq os coreanos de sexo oposto não podem morar sozinhos na mesma casa? No dorama disse que se a escola descobri-se eles seriam expulsos.

  8. Olá Sillas, sei que você fez a faculdade e tudo mais e foi um intercâmbio, a pergunta pode atté ser idiota mas ficaria feliz se você respondesse, como você conseguiu esse intercâmbio? Foi pelas bolsas do governo ou você mesmo pagou ou uma pré seleção na sua faculdade, e quando você foi pra Coréia você teve que já saber alguma língua? Tipo o inglês? Ou foi na marra mesmo? Obrigada pela atenção!

  9. Dayane Andrade disse:

    Aprendo tanto c as novelinhas.. Nem.parecem com o q acabei de ler.. Decepcionada kkkk

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